E se o Rio Jordão secasse?!
Autor: Davide Pereira. Selecionar idioma / Translate by Google
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém”. 1 João 5:21.
Por ser filho de um casal de missionários evangélicos ( protestantes ), nasci no primeiro campo missionário, Castelo Branco, Portugal, onde os meu pais sem conhecerem a ninguém abriram uma Casa de Oração que permanece com as suas portas abertas para a Proclamação do Evangelho e a Adoração a Deus “em espírito e em verdade” ( João 4:23-24 ), até aos dias de hoje. Bem cedo, eu e o meu irmão mais velho, o Samuel, começamos a frequentar a Escola Dominical, onde aprendemos a dar “os primeiros passos” nas Sagradas Escrituras.
Naqueles tempos não era nada fácil para uma criança compreender o motivo de não ter amigos na escola por ser o filho dum casal de missionários protestantes, isto em Queluz, Portugal. Mas com a nossa ida para a Gabela no Kuanza-Sul, em Angola, a situação ainda se agravou mais para mim e para o meu irmão Samuel. Por sermos mais uma vez os filhos do casal de missionários protestantes não conseguia-mos por exemplo: Ter uma namorada, fazer parte de uma equipe de futebol da escola, etc… mas uma coisa tínhamos aprendido, que tudo o que fosse “santinhos” no altar de uma igreja católica apostólica romana era idolatria e se era idolatria era um pecado grave que Deus condenava e ainda hoje condena severamente as pessoas que os adoram e idolatram.
Os anos passaram e na minha mente como no meu coração, tudo o que eu considerasse de idolatria ia repudiando sem qualquer dúvida, mas isso também se devia ao facto de ter tido bons mestres na Escola Dominical e agora na minha Igreja Local eu também tinha o privilégio de ouvir homens tementes a Deus e sábios no conhecimento e nas revelações da Bíblia Sagrada.
Hoje com mais de sessenta anos de idade, continuo como nos meus primeiros passos nas Escrituras, a fugir do pecado da idolatria. Todavia reconheço que nos dias de hoje a idolatria também se tem camuflado no meio dos evangélicos e criado raízes no “grande arquipélago” do protestantismo. Um dia irei escrever sobre “O grande arquipélago evangélico”, que muitos não querem acreditar que existe.
A minha matéria será sobre o grande negócio de se ser batizado, uma, duas e três vezes no conhecido Yardenit, um local no Rio Jordão em Israel, enchendo os bolsos dos líderes, dessas pessoas que vão ser batizadas e dando a crer que "se foste batizado no Rio Jordão és mais espiritual do que os demais irmãos da tua igreja local".
Porque razão o tema da minha matéria é: “E se o rio Rio Jordão secasse?!”.
Para os meus amigos leitores melhor compreenderem a realidade de se ter tornado num grande negócio e em idolatria o se ser batizado no rio Jordão, eu vou começar pela “serpente de bronze” no deserto, ordenada por Moisés.
“E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil. Então o Senhor mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel.
Por isso o povo veio a Moisés, e disse: Havemos pecado, porquanto temos falado contra o Senhor e contra ti; ora ao Senhor que tire de nós estas serpentes. Então Moisés orou pelo povo. E disse o Senhor a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela.
E Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia”. Números 21:5-9.
Deus, devido à ingratidão do povo, o castiga, enviando serpentes venenosas mortíferas que fizeram muito mal ao povo. Mas Moisés intercedeu pelo povo perante o Senhor, que lhe ordenou que fizesse uma serpente de bronze e a colocasse no alto, dizendo: “Aquele que for mordido, mas olhar para ela ficará com vida”. Números 21:8.
Logo depois da praga de serpentes mortíferas ter sido eliminada por Deus e todos aqueles que ao serem mordidos por uma dessas víboras mortais olhasse para a serpente de bronze fosse imediatamente curado e liberto do veneno mortal, Deus manda o seu servo, o rei Ezequias destruir a haste de madeira com a serpente de bronze.
Porquê?
O rei Ezequias mandou destruir aquela peça, porque se tinha tornado um objeto de culto à maneira pagã.
Infelizmente o ser humano só crê no que vê e naquilo que pode tocar.
Temos como exemplo, a grande maioria das religiões com os seus nichos de idolatria, as seitas e muitos outros falsos caminhos para Deus por meio de ídolos que servem de mediadores.
“Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã”. 2 Reis 18:4.
“E se o Rio Jordão secasse?!”
Um pouco mais de paciência, não me esqueci de escrever sobre o obscurantismo e paganismo de se andar a idolatrar a necessidade de um segundo batismo no Jordão para validar o nosso primeiro batismo na nossa Igreja Local.
Dizia eu que o ser humano por natureza é incrédulo e necessita de ver para crer.
Vamos falar de Tomé. Evangelho de João capítulo 20.
“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco.
E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. «Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.
Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.
Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.
E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram. João 20: 20-29.
Tomé serve muito bem como exemplo para a nossa matéria relacionada com o fato que por natureza o ser humano necessita de ver e tocar para crer. Depois do encontro de Tomé com o Jesus ressuscitado, viajou e tornou-se o fundador da igreja cristã na Índia.
Antropólogos, exploradores e aventureiros no final do século 19 e princípios do século 20 descobriram o que eles consideravam de “tribos perdidas”, já com os seus ídolos e objectos de culto. Os nórdicos, e eu vivo num país nórdico presentemente, adoravam a Odin e as árvores centenárias que eles acreditavam ter sido ali colocadas pelos “deuses”.
O Rio Jordão.
Naamã, o sírio, procura Eliseu para ser curado de lepra. A princípio, rejeita a instrução do Profeta, mas acaba cedendo e se lava sete vezes no Jordão; é curado. Glória a Deus!
Não foram as águas do Jordão que curaram ao General Naamã, mas sim a sua obediência às palavras do Profeta Eliseu ( representante de Deus ). O Profeta Eliseu se recusa a aceitar a recompensa do General, mas Geazi, o servo do Profeta, aceita um presente de Naamã e é amaldiçoado com lepra.
A obediência a Deus curou a Naamã da lepra e essa mesma lepra passou para o corpo de Geazi pelo pecado da desobediência à vontade do Profeta que era a de não cobrar nada ao General, porque os Dons de Deus são sempre gratuitos. Por isso é que são Dons de Deus: De graça recebeste de graça vais dar a quem necessitar da cura, etc…
Agora amigo leitor, se alguns conhecidos líderes evangélicos neo - pentecostais promovem e “vendem seres batizado no rio Jordão”, e os cristãos com mais dinheiro aceitam e viajam para Israel, o que dizer então da garrafa “com água milagrosa” do Jordão para seres curado e abençoado?! O que dizer do "azeite ungido de Jerusalém" ( Lidl ). Ambos são negócios.
Quando compras “um pacote” para ires a Jerusalém e está incluído seres batizado no Rio Jordão, o preço muda, porque no preço do seu “pacote” está incluída uma percentagem para ajudar a comprar o bilhete de avião e o hotel do Pastor que organiza o evento no Yardenit, um local no Rio Jordão.
O Yardenit no Rio Jordão é o único e registrado sítio de batismo para os peregrinos cristãos, no lugar onde o Rio Jordão flui para fora do Mar da Galileia e para dentro do Mar Morto.
O Rio Jordão onde Jesus foi batizado por João Batista, tornou-se num negócio de alguns falsos líderes evangélicos, que eu não sei o que seria deles “se o Rio Jordão secasse”.
“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita”. 2 Pedro 1:1-3.
Escrevi um pouquinho sobre este assunto, mas não com o objetivo de destruir, mas de alertar para a necessidade de seres como “os de Bereira” que analisavam tudo.
Possivelmente o teu vizinho tem o frigorífico vazio e está a passar fome, mas tu mesmo assim que pregas amor, terás dinheiro para mais uma ida a Jerusalém, para o teu segundo ou terceiro batismo no Rio Jordão para aparentares mais espiritualidade na tua igreja local!!! Os muçulmanos é que praticam isso com as suas idas anuais a Meca na Arabia Saudita.
Sabia que já há pastores no México ( falsos profetas ) a vender lotes de terrenos na Nova Jerusalém e que os crentes estão a comprar!!!
O nosso compromisso é com a Palavra de Deus. Sejamos sábios não aos nossos olhos, mas aos olhos de Deus.
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Orai por nós, oremos uns pelos outros.
Davide Pereira.
“O Embaixador”.
Team 300 Gideões.
Finlândia.
O assunto "Se o Rio Jordão secasse?!", é atual e idêntico a muitas outras situações em que se usa "o religioso" para explorar as pessoas. Sejamos como diz o autor do artigo, "como os de Bereia". Deus abençoe.
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