Carta à Igreja de Esmirna.
Autor: Pr. Filipe Felgueira. Selecionar idioma / Translate by Google. Aproximadamente 5 minutos de leitura.
Texto Base: “Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apocalipse 2:8-10 ARA
A Igreja Fiel.
Esmirna considerada a cidade mais bela da Ásia Menor, importante cidade comercial da época, sobrevivente até os dias de hoje, próspera e conhecida pelos figos de Esmirna que são vendidos em todo o mundo, hoje com o nome de Ezmir, situada na Turquia asiática, com cerca de 300 mil habitantes.
Esmirna tinha uma igreja fiel a Cristo na cidade mais fiel a Roma.
Quatro pontos a serem apresentados nesta carta:
1. “Isto diz o primeiro e último, que foi morto e reviveu.”
Sobre Jesus Cristo, referência clara à crucificação e ressurreição, as palavras tinham uma relevância à igreja de Esmirna, que tinha sido destruída e reconstruída. Tinha sido destruída pelos lídios em 600 A.C, e reconstruída por Lisímaco no ano 200 A.C. Quando Cristo disse que estivera morto mas estava vivo, os habitantes da cidade sabia do que Jesus falava, pois a cidade estivera morta e reviveu, e certamente ficariam sensibilizados com essas palavras.
2. “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.”
A ⁃ Eu sei, essas palavras de Cristo traziam conforto à igreja e essas palavras traz-nos paz e conforto até hoje, Cristo sabe das lutas e provações que passamos.
B ⁃ Tribulação, a ideia de tribulação é sufoco, esmagamento no grego (thlipsis). Os crentes eram atacados e mortos, procurando forçar a igreja a abandonar a sua fé. Ser cristão era um risco de perder os bens e a própria vida. A palavra probreza no grego é pthochéia, que significa que não tem nem o essencial, probreza extrema. Devido à fidelidade com Cristo, esta igreja mantinha o seu caráter, e não se deixava levar por lucros fáceis, métodos suspeitos, corrupção. Não passavam a perna a ninguém, nem se deixavam contaminar pelos métodos que o mundo praticava. Por isso passavam fome e probreza, por não se prestarem diante do mundo e nem a adoração a Roma. Não idrolatavão o mundo, dinheiro, ou poder e por isso eram perseguidos. Eram uma igreja espremida, sofrida, mas elogiada por Cristo. Era pobre diante dos homens mas rica diante de Deus. Rica na fé, rica em boas obras, e fiel até o ponto de morrer. A cidade de Esmirna era fiel a Roma, mas a igreja fiel a Jesus Cristo.
3. “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”
A ⁃ Três certezas, a primeira é que o sofrimento é certo, a segunda que é que será limitado, e a terceira é que será breve. A tentação vem para que sejamos provados como o ouro. Na provação somos esmagados, mas somos levados para serem removidos as nossas impurezas, para que sejamos esvaziados de todo o ego e orgulho, dependência de objetos ou homens, arrancando toda a nossa idolatria, e sermos levados a total dependência de Cristo.
B ⁃ Dez dias, tribulação de dez dias, há um tempo determinado determinado de prova, Cristo estabelece um limite ao nosso sofrimento, nenhum mal pode nos atingir a não ser com a sua permissão. Quem está no controle da nossa vida é Cristo. Ele sabe da sua tribulação, lutas, e conhece as suas lágrimas. Jesus sabe das calúnias que são lançadas contra nós, mas ele é o nosso escudo e advogado, mantenha a calma e a fé em Cristo.
4. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”
A ⁃ Essas palavras levam-nos a Policarpo de Esmirna, pastor dessa igreja. Discípulo do Apóstolo João, foi fiel até á morte, queimado vivo numa fogueira em 155 D.C. Ele foi um dos responsáveis por manter a igreja fiel em meio à morte e à probreza. Ele incentivava a igreja a manter-se fiel mesmo sem ter o que comer. A renunciar às coisas do mundo, e à idolatria aos deuses de Roma.
B ⁃ Recusou-se a declarar “César é senhor”, cumprimento obrigatório na época de Roma, para declarar a divindade de César. Levado ao estádio, o governador de Roma disse-lhe “Jura, maldiz a Cristo e te colocarei em liberdade.” Policarpo negou dizendo-lhe “Oitenta e seis anos eu tenho servido a Cristo, e ELE nunca me fez mal, só o bem, como posso eu então maldizer o meu Rei e Salvador?” O governador disse-lhe “Farei com que sejas consumido pelo fogo.” E Policarpo lhe respondeu “Tu me ameaças com fogo que queima por uma hora, e depois de um pouco se apaga. Mas tu és ignorante a respeito do fogo e do castigo eterno, reservado para os que negam a Cristo. Mas por que tu demoras? Faz logo o que tu queres.” Assim Policarpo foi queimado vivo em uma fogueira, louvando ao nome do Senhor.
Conclusão: A mensagem desta carta é de ânimo e consolo, como igreja nós não podemos aceitar os valores imorais deste mundo, mesmo que isso nos custe a vida. Mesmo em meio às provas, dificuldade, e ás escassez os nossos valores não podem ser corrompidos com as práticas deste mundo.
Não se venda, Deus sabe as nossas limitações, essa prova só terá dez dias como diz a Palavra.
Resista, ela tem um fim. Resista mais um pouco, talvez você já esteja no oitavo ou nono dia da prova, e ela já esteja a chegar ao fim.
Prefira ser pobre aos olhos do homem, e rico espiritualmente em Deus.
Não abra mão dos princípios da Bíblia e do seu caráter, mesmo que isso lhe custe a vida. Seja fiel até a morte, e Cristo lhe dará a coroa da vida eterna.
Orai por nós, oremos uns pelos outros.
Pastor Filipe Felgueiras.
Revival Church for the Nations.
Miami, USA.
Facebook: Filipe Felgueiras.
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