Autor: Arq. Mario Cortés. Selecionar idioma / Translate by Google. Aproximadamente 3 minutos de leitura.
Mariann Edgar Budde, bispa episcopal de Washington, serviço inter-religioso de investidura do presidente Donald Trump.
No passado dia 21 de janeiro de 2025, Mariann Edgar Budde, bispa episcopal de Washington, pronunciou um sermão durante o serviço inter-religioso de investidura do presidente Donald Trump. Esta é a minha análise do seu sermão. (THD-Arq. Mario Cortés - Costa Rica)
O sermão da bispa Mariann Budde pode ser analisado a partir de uma perspectiva exegética e teológica crítica. Embora suas referências bíblicas sejam legítimas no que diz respeito à misericórdia, ao amor e à justiça, sua aplicação está claramente filtrada por uma visão ideológica antropocêntrica e progressista, mais do que por uma exegese fiel ao contexto bíblico.
1. A aplicação seletiva dos princípios bíblicos.
O problema central em seu sermão não é o uso das Escrituras, mas a forma como as utiliza.
A misericórdia e a justiça são ensinamentos bíblicos claros, mas a maneira como os aplica às categorias modernas de identidade de gênero e migração carece de uma base bíblica direta.
A misericórdia como ferramenta política: A Bíblia chama à misericórdia, mas não como uma política de direitos sociais sem restrições.
A bispa Budde usa a misericórdia de forma descontextualizada, sem considerar a ordem moral e a justiça divina que acompanham esse atributo de Deus (Salmo 85:10).
Dignidade humana vs. afirmação ideológica: A Bíblia ensina que todos os seres humanos foram criados à imagem de Deus (Gênesis 1:27), mas não apoia a validação de estilos de vida ou ideologias contrárias ao Seu desígnio moral (Romanos 1:26-27). A bispa funde dignidade com validação ideológica, um erro comum no progressismo teológico.
Citar a misericórdia de Jesus sem abordar a transformação moral que acompanha Seu chamado (João 8:11: "Vá e não peques mais") omite a exigência de santidade.
Aplicar "ame o seu próximo" para defender a agenda LGBTQ+ sem considerar a visão bíblica da sexualidade (Romanos 1:26-27, 1 Coríntios 6:9-11) desvia a mensagem cristã para um humanismo sentimentalista.
Seu sermão parece ser uma reinterpretação estratégica dos valores bíblicos para sustentar uma agenda de justiça social progressista.
Mudança do eixo teocêntrico para o antropocêntrico: Na Bíblia, a justiça e a misericórdia estão subordinadas à glória de Deus e à Sua ordem moral. No sermão de Budde, esses valores são reformulados em termos de direitos humanos e justiça social, sem considerar a santidade de Deus nem o chamado ao arrependimento (Isaías 1:16-17).
Silêncio sobre a conversão e o senhorio de Cristo: Jesus demonstrou misericórdia, mas sempre chamou ao arrependimento (Marcos 1:15). Na mensagem de Budde, não há um chamado à transformação espiritual, apenas uma demanda por aceitação social e política.
Citação parcial das Escrituras: Citar passagens sobre amor e justiça sem incluir a mensagem de santidade e obediência a Deus (1 Pedro 1:15-16) é uma estratégia frequente do progressismo teológico.
Budde usa a fé como uma ferramenta para promover uma agenda política específica. Em vez de um chamado profético à santidade e ao arrependimento, seu sermão parece um discurso moralizador para pressionar mudanças políticas, o que é característico do progressismo teológico. Nesse sentido, sua postura se alinha com o cristianismo liberal, que dilui a verdade bíblica em uma mensagem socialmente aceitável.
O conteúdo de seu sermão encaixa-se na narrativa do cristianismo progressista, onde a fé é instrumentalizada para legitimar causas sociais e políticas.
Humanismo moralista: Enfatiza-se a dignidade e a inclusão sem considerar a natureza caída do homem e sua necessidade de redenção (Romanos 3:23).
Redução da missão da Igreja à justiça social: A Igreja é chamada a proclamar o evangelho e fazer discípulos (Mateus 28:19-20), não a se tornar uma entidade de ativismo político e direitos humanos.
Jesus como figura de inclusão sem transformação: Na teologia progressista, Jesus é visto como um revolucionário que desafia normas sociais, mas Seu chamado ao arrependimento e à vida em santidade é minimizado ou ignorado.
Sim, o sermão de Budde é uma reinterpretação astuta das Escrituras para validar uma agenda progressista. Embora utilize princípios bíblicos como misericórdia e justiça, faz isso de maneira antropocêntrica, distorcendo a mensagem bíblica ao omitir a soberania e a justiça de Deus. Sua mensagem não é exegética, mas eiségetica (lendo nas Escrituras o que se deseja encontrar), algo comum no liberalismo teológico.
Do ponto de vista bíblico, o evangelho não trata de direitos humanos, mas do Reino de Deus, da redenção em Cristo e da obediência à Sua Palavra. A verdadeira misericórdia não consiste em afirmar o pecado, mas em chamar o pecador ao arrependimento e à graça de Deus.
Arquiteto Mario Cortés.
Pastor Evangélico ( 29 anos de pastorado ).
THD - Mestrado e Doutorado em Teologia.
IRCU - International Redeemed Christian University.
Representate da Igreja Evangélica perante o Governo da Costa Rica, especialmente o Ministério da Saúde onde é membro do Conselho Editorial do regulamento da Igreja.
Amigo do Team 300 Gideões desde o inicio.
Costa Rica.
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Deus tenha misericórdia!
ResponderEliminarA Apostasia no seu grande final.
ResponderEliminarO apóstolo Paulo fala de uma grande apostasia que virá sobre a terra nos últimos dias. O que é apostasia? É uma “rejeição da verdade outrora crida e proclamada”. Simplificando, é abandonar a verdade de Deus. Paulo escreve acerca da apostasia que virá:
“Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo... rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra... como se o dia do Senhor já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia” 2 Tessalonicenses 2:1-3. Orai por nós, oremos uns pelos outros. Excelente matéria Pastor Mario Cortés. Deus o abençoe. Somos o Team 300 Gideões.